Um grupo de ciclistas ocupou na manhã desta segunda-feira (26) o espaço que era de uma Calçada Verde na esquina da Alameda Cabral com a Rua Dr. Carlos de Carvalho, no Centro de Curitiba. O protesto por tempo indeterminado é contra a extinção do projeto implantado em 2016 pelo ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT), que estendia o passeio para o asfalto com o objetivo de aumentar a segurança de pedestres e incentivar o deslocamento a pé pelo centro da cidade.

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Mas a gestão do atual prefeito, Rafael Greca (PMN), deu fim ao projeto. Após retirar os cones de proteção em 2017, semana passada a prefeitura retirou a tinta verde que cobria o asfalto das cinco esquinas onde estavam as Calçadas Verdes: Alameda Cabral com Carlos de Carvalho; Cândido Lopes com Ébano Pereira; Cândido Lopes com Avenida Marechal Floriano Peixoto; Inácio Lustosa com Mateus Leme; e Inácio Lustosa com Avenida Cândido de Abreu.

A manifestação que começou nesta segunda é liderada por ciclistas do grupo Cicloiguaçu. Eles levaram para o cruzamento bicicletas, plantas e cartazes criticando a decisão do prefeito Rafael Greca. De acordo com os manifestantes, a extinção das Calçadas Verdes sequer foi debatida com a população. Já a prefeitura alega que a medida cria insegurança aos pedestres por estarem na pista de rolamento, no mesmo nível dos veículos.

“Acho que estava dando certo. O pouco tempo que em que estamos aqui com os cones já vieram pessoas usando a Calçada Verde novamente”, avalia Henrique Jakobi, 28 anos, um dos integrantes do Cicloiguacu que participa do protesto.

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Muitos motoristas que passaram pelo cruzamento realmente buzinavam em apoio ao protesto. Muitos pedestres também se manifestaram a favor. “A gente não entende por que a prefeitura faz as coisas assim, sem perguntar para quem usa. A retirada está errada porque a Calçada Verde era algo que estava sendo eficiente. Me parece arbitrário”, opina a técnica de enfermagem Adriana Correa, 48 anos.

Lucas Castro , 28 anos, que trabalha em uma loja bem na frente da antiga área de segurança, dize que a área protegida por cones e com o chão pintado de verde funcionava e era muito usada por pedestres, já que é um cruzamento de trânsito intenso. “Quando ainda tinha os cones os carros respeitavam e não passavam na área verde. Era seguro. Agora acho que vai piorar a travessia, porque é bastante carro”, avalia.

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