Situação segue crítica

Chuvas dos últimos meses de 2020 aliviaram a pior seca da história de Curitiba e região

Represa do Passaúna. Foto: Lineu Filho / Tribuna do Paraná

Apesar dos curitibanos terem enfrentado a pior estiagem da história, as chuvas dos últimos meses de 2020 trouxeram um alento. Novembro e dezembro registraram volume de chuvas acima da média histórica, melhorando a situação dos reservatórios que abastecem a região. Ainda assim, a situação está longe de ser normalizada e, por enquanto, não há previsão de colocar fim ao rodízio no abastecimento, em vigor desde março do ano passado.

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Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), choveu em Curitiba durante o mês de dezembro 151,8 mm. Em Pinhais, o acumulado chegou a 159,2 mm. Historicamente, a média nesse período varia entre 120 e 140 mm na região. Novembro já havia terminado com 194 mm de chuva, para uma média de 116 mm. “Com chuvas mais abundantes houve recuperação dos níveis das barragens que abastecem a RMC, mas ainda longe do ideal”, destaca boletim do Simepar.

De acordo com a Sanepar, o nível dos reservatórios que compõem o Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba (SAIC) está nesta segunda-feira (4) em 40,79%, patamar registrado em maio de 2020. No fim de novembro, esse índice estava na casa de 30%. Para que a situação seja considerada normalizada, é necessário que esse percentual atinja pelo menos 60%.

Nesta segunda, a Sanepar retomou o rodízio no abastecimento em Curitiba e RMC, que havia sido suspenso no dia 22, para as festividades de Natal e ano novo. A Sanepar estabeleceu um cronograma até 17 de janeiro, com 36 horas de corte no abastecimento e 36 horas de fornecimento normal, modelo em vigência desde agosto. A recomendação da empresa é para que a população economize água e mantenha os hábitos de consumo racional.