Beleza na pandemia

Cabeleireiros ‘amadores’ surgem durante a pandemia. Profissional dá a dica: cuidado!

Robson Fogaça trabalha como cabeleireiro há 12 anos e neste período de reclusão se aproximou dos clientes ao perceber o desespero de algumas pessoas. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Em tempos de pandemia e isolamento social, a saída de casa com destino ao cabeleireiro ainda é motivo de preocupação para muitas pessoas. Os salões de beleza estão funcionando, mas ainda sentem o reflexo no atendimento dos clientes. Com este receio, homens e mulheres recorrem aos familiares ou até mesmo fazem sozinhos o corte ou até a alteração na cor do cabelo. Porém, além do risco de não dar certo, alguns procedimentos podem ser perigosos se não forem feitos de maneira correta.

Os salões de beleza proporcionam aos clientes um atendimento personalizado e garante segurança aos cabelos. Com o impedimento de ir até o local e evitar a aproximação do cabeleireiro, por causa da pandemia de coronavírus, as pessoas se atreveram a cortar o cabelo do filho e do marido em casa. No caso dos homens, em teoria, é um pouco mais fácil se o corte der errado, basta raspar tudo e dar tempo ao tempo.

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Já para as mulheres, o ressecamento da tintura ou até o tamanho é algo que incomoda. Silvana de Menezes de Oliveira, instrumentadora cirúrgica, 50 anos, ainda não foi no salão durante a pandemia. Loira e com cabelos compridos, aderiu ao estilo com cores claras e escuras. “Eu não corto em salão o meu cabelo há mais de 20 anos, faço isto em casa. Chorava toda vez, pois quando pedia para cortar um dedo, cortavam dois. Quanto ao tom, cheguei a comprar tintura para a raiz, mas não tive coragem de usar. A minha saúde é muito mais importante que a minha estética”, comentou Silvana, que tem utilizado mais tocas, chapéus e boinas ao sair de casa.

Com a reclusão e o receio de ser contaminada, muitas das mulheres aderiram à franja. O corte é mais fácil e com o passar do tempo, a manutenção das pontas acaba ajudando a deixar o cabelo arrumado. Além disto, deixa a impressão de mais jovem, algo que serve de estímulo neste período de incertezas.

Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Aline Dayane dos Santos, técnica de enfermagem, 30 anos, fui uma que fez tudo em casa. Cortou, pintou e… se arrependeu. “Eu sempre ia em salão para fazer luzes, mas aí veio a pandemia e complicou. Primeira coisa foi cortar e deixar a franjinha. Até aí, tudo bem. Só que pintei de vermelho e ficou parecendo uma água de salsicha. Fiquei arrasada. Tive que recorrer a nova pintura e usei uma semelhante à de chocolate. Agora está bom, mas detonei o cabelo e agora estou tratando. Gastando uma nota, pois faço um cronograma capilar com vitamina”, disse a sincera Aline.

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Como cuidar do cabelo

A nobre arte de cortar e cuidar dos cabelos não é para qualquer um. É preciso estudar muito e se aprofundar em uma área que está em constante renovação. Um profissional capacitado precisa estar atualizado com as tendências, lançamentos e novidades do mercado. Robson Fogaça, 31 anos, trabalha como cabeleireiro há 12 anos. Já viu muita coisa na vida em relação aos cabelos e neste período de reclusão, se aproximou dos clientes ao perceber o desespero de algumas pessoas. “Eu digo que fiquei mais próximo até para esclarecer algumas dúvidas. Procure um profissional e não invente muitas coisas, pois pode ser perigoso o uso de química no cabelo. Tem pessoas alérgicas que não sabem e isto pode provocar lesões e queda no couro cabeludo”, explicou Fogaça que trabalha em um dos salões da rede Lady & Lord.

Procurar um profissional e não inventar muitas coisas são as dicas de ouro do cabeleireiro Robson. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

Dicas para deixar o cabelo saudável

Com a experiência de mais de uma década, Robson Fogaça, deixou aos leitores e leitoras da Tribuna algumas dicas para deixar o cabelo saudável e evitar transtornos.

– Mantenha os cabelos hidratados (faça uma vez por semana)

– Não abusar dos óleos capilares

– Faça teste alérgico quando for usar a tintura

– Descanse o cabelo

– Evite a progressiva

– Usou a cor errada no cabelo, aguente. Vá no salão para arrumar.

– Se divirta nesta brincadeira, mas com responsabilidade. Procure sempre um profissional.  

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