Acesso complicado

Bloqueios em rodovias do Litoral geram prejuízo de R$ 60 milhões por dia

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Foto: reprodução / vídeo.

As interrupções nas rodovias que ligam Curitiba a Santa Catarina e ao Litoral do Paraná, causadas por deslizamentos de terra ocorridos na última semana, estão provocando um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões por dia para o setor de transporte. A estimativa é da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).

“Temos problemas para chegar ao Porto de Paranaguá e a Santa Catarina”, informa o presidente da entidade, Sérgio Malucelli. Segundo ele, caminhões que seguiam carregados com destino ao porto paranaense chegaram a ficar totalmente parados durante dois dias na BR-277. E quando o tráfego foi parcialmente liberado, em meia pista, a velocidade, que normalmente é de 65 quilômetros por hora, teve que ser reduzida para cerca de 20 quilômetros por hora. “Além de a viagem demorar mais, isso provoca desgaste no caminhão”, observa.

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O acesso a Santa Catarina ficou ainda mais complicado. Sem poder seguir pela BR-376, os caminhos alternativos sugeridos pela Polícia Rodoviária Federal aumentaram consideravelmente o trajeto e o tempo de viagem. Uma viagem que antes era feita em cerca de quatro horas está demorando em torno de 18 horas, segundo a Fetranspar. “Essa situação eleva o custo com mais diárias que têm que ser pagas aos caminhoneiros, além de mais despesas com combustível, o próprio desgaste dos caminhões e alimentação”, pontua a Fetranspar. A Federação informa ainda que alguns caminhoneiros que transportavam produtos perecíveis perderam suas cargas.

Sem previsão para liberar a BR-376

Em nota, a concessionária Arteris Litoral Sul informou que a rodovia passa por restauração de pista e que ainda segue sem previsão de liberação. Confira a resposta completa da concessionária sobre a situação da rodovia:

“Nesta segunda-feira, de acordo com a Concessionária Arteris Litoral Sul, as equipes conseguiram avançar com os trabalhos de restauração da rodovia no local do deslizamento e foram colocadas barreiras de concreto na base da encosta. A concessionária segue com os trabalhos e análise contínua do trecho para averiguação da segurança.

Não existe previsão de data para liberação.

Quando as condições de segurança forem atendidas a Concessionária comunicará a PRF. A Polícia Rodoviária Federal coordenará uma operação para o restabelecimento da normalidade do fluxo de veículos.”