A famosa bala de banana de Antonina acaba de receber o selo de Indicação Geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A produção artesanal do doce passa agora a ter reconhecimento nacional com a chancela de Indicação de Procedência (IP), que reconhece Antonina como centro de referência na produção da bala de banana no Brasil.

continua após a publicidade

Segundo texto da Revista da Propriedade Industrial (RPI), do INPI, publicado na manhã desta terça (29), os documentos apresentados pela Associação dos Produtores de Bala de Banana de Antonina e Morretes, demonstram a importância da produção das balas de banana e o papel relevante das indústrias para o desenvolvimento de Antonina, incluindo a promoção do turismo. A associação, com consultoria do Sebrae-PR, ingressou em 2019 no INPI com o processo para a obtenção da IG.

LEIA TAMBÉMFábrica de bala de banana de Antonina tem visitação gratuita. Conheça novos sabores!

A produção do doce em Antonina respeita tradições familiares e o produto é feito de forma artesanal, ainda que com o auxílio de máquinas. O primeiro registro sobre a produção das balas de banana em Antonina é de 1979. Duas empresas atualmente fabricam o doce no município: a Antonina (a do papel verde) e a Bananina (laranja). Embora seja mantido o método artesanal, o volume de produção é expressivo, totalizando mais de 15 toneladas por mês.

continua após a publicidade

A presidente da Associação, Maristela Mendes, comemora o reconhecimento de Antonina. “Agora somos oficialmente a terra da bala da banana”. Para ela, o título vai impulsioanr ainda mais o turismo e economia. “Antonina deu um salto nos últimos cinco anos. Com o crescimento do turismo, o município passou a ser reconhecido em diversos lugares do Brasil (e fora), como produtor de bala de banana, produto típico de Antonina e do litoral, que ajuda a valorizar a cultura da região e é considerado patrimônio histórico da cidade”, afirma.

Segundo a presidente da Associação, Morretes não pode ser incluída no processo para a obtenção da IG porque as empresas produtoras locais não atendiam às regras e especificações determinadas pelo INPI.

Registros no Paraná

continua após a publicidade

No Paraná, agora nove produtos têm Indicação Geográfica registrada: melado de Capanama, goiaba de Carlópolis, queijos finos de Witmarsum, uvas finas de Marialva, erva-mate de São Mateus do Sul, mel do Oeste do Paraná, mel de Ortigueira, cafés especiais do Norte Pioneiro do Paraná e agora a bala de Antonina. O Paraná é o terceiro estado a ter mais registros de IGs no Brasil: na frente vem Minas Gerais com 12 e o Rio Grande do Sul, com 11.