Abraço e balões

Às vésperas de leilão, funcionários fazem ato em defesa do Hospital Evangélico

Ato aconteceu no final da manhã desta quinta-feira (9). Foto: Aniele Nascimento

Cerca de 400 funcionários e amigos do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC) participaram de um ato simbólico de solidariedade à instituição na manhã desta quinta-feira (9). Eles se uniram de mãos dadas ao redor do complexo por volta das 11h e promoveram um grande abraço ao hospital com o lançamento de balões. A instituição está sob intervenção judicial desde dezembro de 2014 e será leiloada no dia 17 de agosto junto à Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar).

A venda do patrimônio do Evangélico — maior instituição hospitalar filantrópica do Paraná — tem o objetivo de equacionar as dívidas do complexo para que a instituição continue atendendo pacientes como a pequena Rhayslla Gabriele Gonçalves, de 2 anos. Moradora do município de Porto Amazonas, no interior do estado, ela participou do abraço simbólico junto à mãe Jucilene Regina Gonçalves, de 32 anos. “Minha filha está com epilepsia e, depois de tentarmos atendimento em vários hospitais, o Evangélico aceitou o caso. Só temos que agradecer”, afirmou Jucilene.

Para a auxiliar de enfermagem Lídia da Silva, de 54 anos, receber pacientes como a pequena Rhayslla é gratificante e demonstra a importância do hospital. “Ele é referência em todo o Brasil, então esperamos que venham melhorias para continuarmos atendendo a população”, disse a funcionária, que trabalha na instituição há 17 anos.

Segundo Karla Pires, coordenadora do grupo de humanização do hospital e responsável pelo ato realizado esta manhã, esse é o desejo de todos que participaram da ação. “Nosso ato de hoje foi uma forma de mostrar nosso desejo de que o leilão seja bem-sucedido para que o hospital consiga se reerguer e continue prestando esse trabalho à população”.

Atualmente, 95% dos serviços de saúde prestados pelo Evangélico atendem ao Sistema Único de Saúde (Sus) e quase metade de todas as ocorrências emergenciais registradas em Curitiba e região metropolitana são atendidas pela instituição. “O hospital é muito importante do ponto de vista assistencial e também na formação de médicos. Devemos aplicar todos os esforços com o objetivo de mantê-lo”, pontuou o cirurgião Jurandir Marcondes Ribas, que pertence ao corpo clínico do hospital.

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