Os metalúrgicos da Renault, em São José dos Pinhais, aprovaram nesta quinta-feira (4) a proposta do acordo salarial de 2017 negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) com a montadora. Com isso a greve iniciada ontem foi encerrada com os trabalhadores já retornando ao expediente.

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A proposta aprovada na assembleia liderada pelo SMC consiste em uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no valor de R$ 24.860,00 para 100% das metas. A primeira parcela de R$ 19.300,00 será paga até o final deste mês. A segunda parcela será paga em fevereiro de 2018.  Além da PLR, o acordo ainda determina o  aumento nos salários e no vale-mercado, com o reajuste baseado na reposição da inflação (INPC), a ser realizado no mês de setembro, data-base dos metalúrgicos das montadoras.

Só a  PLR poderá injetar na economia do estado cerca de R$ 149 milhões, considerando o atingimento das metas (R$ 24.860,00) multiplicado pelo número de trabalhadores (6 mil).

Seguindo o presidente do Sindicato, Sérgio Butka, além do impacto na economia o acordo conquistado após a mobilização serve também de resposta às reformas que o governo Governo Federal tem tentado implementar no país.  “Este acordo deixa uma mensagem a todos os brasileiros. Graças à coragem e  à  greve de  24 horas, os metalúrgicos da Renault  conseguiram garantir seus direitos e sua dignidade. Se todo cidadão brasileiro seguisse este exemplo, hoje o governo não estaria querendo impor reformas  que prejudicam a maioria da população para manter os privilégios de uma minoria”, resumiu Butka.

Ficou acordado também entre Sindicato e empresa que até 30 de agosto serão discutidos as propostas para 2018/19.

 A fábrica da Renault emprega cerca de 6,1 mil trabalhadores, sendo 4 mil  do chão de fábrica. Ela produz os modelos Logan, Sandero, Sandero Stepway, Duster, Duster Oroch, Captour, Master. Além do mercado interno a montadora atende Argentina e México.

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