Economia

Após Barigui, São Lourenço e outros parques de Curitiba terão hidrelétricas

Foto: Luiz Costa/SMCS

Depois da construção de uma central geradora hidrelétrica no Parque Barigui, que deve entrar em operação no segundo semestre do ano, a prefeitura de Curitiba comunicou que pretende ampliar a instalação de hidrelétricas como essa em outros parques da cidade. O Parque São Lourenço será o próximo da lista a receber a iniciativa, cujo objetivo é diminuir gastos públicos e criar mecanismos de energias sustentáveis.

Segundo a prefeitura, o recurso garante uma diminuição de 50% dos gastos gerados no parque, o que, no caso do Barigui, significa uma economia de R$ 130 mil ao ano. “O equipamento da hidrelétrica do Barigui foi uma doação. Mas, se o investimento para uma hidrelétrica, que é R$ 450 mil, não for doação, ela é capaz de se pagar em três anos após a implantação”, diz a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias.

Para a implantação do projeto, é preciso que o local de instalação possua uma vazão de água, por onde o líquido consiga passar, e uma queda de no mínimo 3 metros. “Por enquanto, já identificamos essas características no Parque São Lourenço e até o final do ano pretendemos finalizar a implantação”, explica Marilza.

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O projeto faz parte de um programa voltado para fortalecer mecanismos de energia limpa e renovável na cidade. “Esta obra é importante para mostrar que é possível aplicar projetos inovadores em locais que já existem e foram projetados com outras intenções”, conta a secretária.

No momento, a prefeitura não estuda outros parques que possuam as características compatíveis. Porém, a intenção é que, após o término da implantação do Parque São Lourenço, o projeto seja analisado para os demais parques da cidade.

Hidrelétrica no Barigui

E energia criada pela central geradora hidrelétrica Nicolau Klüppel será capaz de gerar cerca de 21.600 Kwh/mês, o que equivale à metade da energia consumida em todo o Parque Barigui mensalmente. A mesma quantidade seria capaz de suprir o consumo energético de 135 residências médias, com famílias de quatro pessoas.

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A usina e as obras não tiveram custos para a prefeitura. A construção da estrutura de concreto, a rosca helicoidal e os equipamentos eletromecânicos foram doados pela Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH).

A peça utilizada na hidrelétrica é baseada no conceito da rosca de Archimedes, equipamento criado pelo filósofo grego de mesmo nome em 260 a.C. para levar água de um lugar de baixo para cima. Após estudos, foi comprovado que ao inverter o parafuso, o equipamento seria capaz de produzir energia.

Antes da construção e instalação da central foram feitos estudos ambientais para verificar impactos no parque. Não haverá alteração na vazão do lago nem problemas para os animais. Os peixes vão conseguir passar por dentro da turbina, entre as hélices da rosca.

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