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“Aconteceu mais uma vez e vai continuar acontecendo, porque apesar dos alertas, as pessoas precisam de bom senso”, definiu o tenente Jackson, do Corpo de Bombeiros. O novo alerta foi feito no final da manhã desta sexta-feira (6), depois que um homem de 54 anos se afogou ao entrar em uma cava na Rua Das Nações Unidas, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Fotos: Rodrigo Félix Leal.

O resgate dos bombeiros salvou a vida deste homem, que passou mais de 20 minutos submerso na água. “Chegamos rapidamente, um dos nossos soldados entrou na água e o retirou. Depois de muito tempo tentando a reanimação, conseguimos”.

Junto com a equipe de resgate, veio também um médico do Siate, que fez o trabalho de reanimação por mais de 15 minutos. Pela delicadeza do caso, foi usado até adrenalina para que o homem voltasse a viver. Ele foi encaminhado ao Hospital São José, em São José dos Pinhais.

Alerta precisa ser respeitado

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Enquanto o tenente do Corpo de Bombeiros conversava com a reportagem da Tribuna do Paraná, e reforçava o alerta de que as pessoas não entrem nas cavas, outro homem chegou, tirou a roupa e pulou na água. Antes, o homem comemorou que o amigo tinha sobrevivido e chegou até a chorar.

Logo após o salvamento feito pelo Corpo de Bombeiros o homem pulou pra água. Fotos: Rodrigo Félix Leal.

“A gente, a PM e a Guarda Municipal tenta alertar de todas as formas possíveis que não se deve entrar, que se deve respeitar este alerta, mas nem sempre há respeito”.

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Segundo o tenente, nem sempre é possível socorrer e reanimar as vítimas de afogamento, como aconteceu nesta quinta-feira (5), com um soldado do exército no Parque Náutico, em Curitiba. “São vários fatores que devem ser levados em conta, mas o principal deles é o tempo em que a pessoa passou embaixo da água até ser retirada”, explicou.

Perigo eminente

As cavas, como já foi alertado inúmeras vezes e assim se repete ano a ano, não são locais indicados para banho. Apesar de números assustadores e as incansáveis orientações dos bombeiros, das prefeituras e da Defesa Civil, é praticamente impossível impedir que as pessoas entrem nas águas perigosas.

Por serem espaços irregulares, em que não é possível saber a profundidade, o terreno perigoso e a água turva impedem o banhista de ver onde pisa. A pessoa pode estar no raso, mas ao dar um passo, perde o contato com o solo.

Veja como funciona uma cava:

 

Foto: Arquivo/Arte Tribuna do Paraná.