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Alagamentos aumentam chance de transmissão de leptospirose

Alagamento aumenta chances de transmissão da leptospirose. Foto: Anderson Tozato
Alagamento aumenta chances de transmissão da leptospirose. Foto: Anderson Tozato

A chuva intensa que atingiu Curitiba na tarde desta quarta-feira (14) gerou alagamentos em diferentes pontos da cidade. Na ânsia de sair da rua e chegar logo em casa, as pessoas se esquecem de uma doença importante que pode ser adquirida pelo contato com a água contaminada: leptospirose.

Causada pela bactéria Leptospira presente na urina de diferentes espécies de ratos, a leptospirose gera sequelas importantes, que vão desde uma insuficiência renal a hemorragias pulmonares, gastrintestinais e cerebrais. Em casos mais graves, a letalidade pode chegar a 40%, conforme informações da Fundação Oswaldo Cruz.

Para a prevenção, é essencial evitar o contato com  a água ou lama contaminada (ou seja, com as áreas alagadas), pois a bactéria penetra no corpo através da pele, especialmente se a pessoa tiver qualquer ferimento ou arranhão na área, e também se ficar por muito tempo com a pele imersa sob a água.

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Como no início os sintomas são bem inespecíficos, como náusea, vômito, diarreia e febre, o diagnóstico pode ser dificultado e facilmente confundido com algum problema gastrintestinal. Fique atento a outros sinais importantes, como dor muscular, especialmente na panturrilha, cefaleia e icterícia, quando a pele e mucosas estão amareladas. No caso de suspeita, procure um médico.

O tratamento da leptospirose visa reduzir os sintomas, e é feito através de remédios orais ou injetáveis, conforme o caso. Se houver a suspeita da doença, o médico pode orientar o uso de uma dose profilática de antibiótico. Embora não seja caro, o medicamento é vendido apenas com receita médica.

Entrei em contato com a água, e agora?

Se você entrou em contato com água possivelmente contaminada, é indicada a profilaxia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Fique atento ao período de evolução da doença, que varia de três a 14 dias depois do contato. O tratamento é feito com antibióticos, as penicilinas, durante um período de sete dias.

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