A pão de ló

Advogado reclama de condições do CTII

O Centro de Triagem II, em Piraquara, é alvo de críticas de advogados. Eles reclamam que os agentes dificultam os encontros com seus clientes, direito previsto em lei, e também do tempo de espera para conversar com os presos.

A situação revoltou o advogado criminalista Sandro Roberto Vieira, que precisou insistir para conseguir a assinatura de um preso. “É um absurdo. Não consegui sequer falar com meu cliente”, diz. Logo na chegada ao centro ele foi avisado que não poderia falar com o detento por causa de uma mobilização por parte dos presos de castigo. Foi preciso argumentar com dois agentes até conseguir apenas a assinatura do detento, depois de 45 minutos. Vieira afirma que os familiares dos presos também sofrem com a situação. Roupas de lã não estariam entrando no centro e os agentes estariam exigindo o uso de moletom e chinelos pelos visitantes.

Associação

O presidente da Associação Paranaense dos Advogados Criminalistas, Danilo Guimarães Rodrigues Alves, disse que não recebeu nenhuma reclamação formal sobre o caso, mas reconhece que a demora no atendimento se repete em várias unidades penais. “Em conversa com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), eles se comprometeram a agilizar o atendimento”, disse.

Já o diretor do Centro de Triagem II, César Abilhôa, explica que a demora nos encontros entre detentos e advogados se deve ao contingente de agentes para remanejar os presos, mas o contato entre os dois não deixa de acontecer. O diretor afirma que não foi imposto nenhum traje para familiares e que só são aceitas roupas na cor do uniforme, laranja. “A peça vai receber as iniciais do centro, como o uniforme. Se levar de outra cor, não vai entrar”.