Adolescente morta a facadas tinha uma vida conturbada

O velório da estudante Lara Daiana Diniz Saraiva, 14 anos, foi marcado por revolta. Familiares da garota estavam indignados com a violência empregada pelo assassino contra a adolescente, encontrada morta com várias facadas, em um carreiro à margem da BR-116, no Jardim Abigail, Colombo, na quinta-feira à tarde. Para a mãe da vítima, Esmeralda Diniz, o assassino é um rapaz, de aproximadamente 20 anos, irmão de uma amiga da garota, com quem Lara estava se relacionando.

O delegado Iacri Meneghel, da delegacia do Alto Maracanã, informou pela assessoria da Polícia Civil, que a linha de investigação mais forte aponta para motivação passional. Entretanto, não foi informado se o suspeito indicado pela mãe da vítima era investigado.

Lara foi vista pela última vez na quinta-feira de manhã, quando saiu de casa com o namorado, dizendo que ia para o Colégio Bagozzi, no Portão, onde cursava o 9.º ano do ensino fundamental. Ela teria prova marcada e depois de sair da escola, não voltou mais para casa. A família iniciou as buscas, mas de noite recebeu a ligação do Instituto Médico-Legal, informando o destino trágico da garota.

Desajustes

O ano foi conturbado para a garota. Depois de vários desentendimentos com a família, uma ordem judicial a obrigou deixar o convívio familiar. Desde o primeiro trimestre, passou a morar em um abrigo para meninas, administrado pela Fundação de Ação Social (FAS).

Em novembro, depois de alguns problemas de relacionamento no abrigo, ela foi transferida para outro. Porém, segundo assistentes sociais da FAS, em 10 de dezembro, uma ordem de desacolhimento, emitida pela 1.ª Vara da Infância e Juventude, a liberou para voltar para casa da mãe. “Ela apareceu com o namorado umas vezes, mas não o deixava entrar porque era criminoso. Saiu com ele e depois foi encontrada morta. Agora eu quero justiça”, disse Esmeralda.