Curitiba

Acidentes caem em canaleta por onde circulam ônibus com redutor de velocidade

O entorno da Praça do Japão é um dos pontos em que o ligeirão automaticamente reduz a velocidade. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná

Desde março de 2018, quando os novos biarticulados da a linha Santa Cândida/Praça do Japão passaram a rodar, o número de acidentes envolvendo ônibus na canaleta que vai do Santa Cândida ao Batel caiu pela metade. Em 2017 foram de 22 contra 11 ao longo de todo o ano de 2018. Um dos prováveis motivos pode ser o sistema desenvolvido pela fabricante dos veículos que reduz a velocidade automaticamente em determinados pontos de atenção, como cruzamentos com grande quantidade de pedestres, hospitais e escolas.

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Chamado de Controle Automático de Velocidade, o sistema desenvolvido pela Volvo utiliza o GPS para identificar áreas de risco e diminuir no ato a velocidade dos ônibus. O sistema já está integrado aos 65 novos ônibus comprados da Volvo pela prefeitura de Curitiba desde o ano passado.

“Assim que o ônibus entra no raio que o GPS de risco de acidente, automaticamente a velocidade cai para o máximo permitido na região. Não adianta o motorista acelerar o ônibus. É o sistema que controla”, explica o presidente da produção de ônibus na América Latina Fabiano Todeschini.

Além da questão de segurança, os técnicos da Volvo notaram outro benefício indireto a partir do uso do controlador de velocidade. Segundo Todeschini, foi constatado que com o Controle Automático de Velocidade o consumo de combustível caiu cerca de 8%.

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Um dos pontos em que os ônibus reduzem a velocidade é justamente no raio de toda a Praça do Japão. Antes do ligeirão passar a funcionar, moradores do entorno da praça no bairro Batel fizeram manifestações  temendo que os ônibus passassem em alta velocidade e ameaçassem os pedestres.

Sistema exportação

A partir da experiência nos biarticulados de Curitiba, a Volvo passou a implantar o sistema de Controle Automático de Velocidade em todos os ônibus produzidos pela marca, incluindo os de uso rodoviário. “Os ônibus saem de fábrica com o sistema, mas é o operador destes ônibus quem decide se ativa ou não o sistema”, explica Todeschini.

Em Bogotá, na Colômbia, o sistema BRT – equivalente às canaletas exclusivas de ônibus de Curitiba – adotou o controlador de velocidade. Todos os 700 veículos novos que circularão na capital colombiana em breve vão utilizar o sistema criado em Curitiba.

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