Atlanta, Sidney, Atenas e Pequim. O seleto grupo das cidades-sede de Jogos Olímpicos pode ganhar mais um integrante: Curitiba. Pelo menos, é o que acredita o arquiteto Osmann Pierri Júnior. Para ele, a capital do estado tem todas as condições de sediar as Olimpíadas de 2012. Pierri já tem, inclusive, o projeto da Vila Olímpica da cidade. “Não devemos nada para as sedes olímpicas anteriores. Pequim será a sede dos jogos em 2008 com uma Vila de 290 hectares. No nosso projeto, Curitiba teria uma moderna Vila Olímpica de 400 hectares (4 milhões de metros quadrados)”. O projeto a que se refere Pierri já está pronto e resgata uma antiga idéia do governador Jaime Lerner quando ainda era prefeito de Curitiba. A Vila Olímpica englobaria as atuais áreas do Jockey Club, o estádio do Pinheirão, o Ginásio do Tarumã, a Sociedade Hípica, a Universidade dos Esportes e o Haras da Polícia Militar. Para o arquiteto, existe uma estrutura esportiva consolidada na região da Avenida Víctor Ferreira do Amaral, zona leste da cidade. “Basta juntar tudo isso’, diz Pierri que calcula em R$ 400 milhões o investimento necessário para concretizar a obra. “É um projeto que consegue financiamento no Banco Mundial, Banco Interamericano, em qualquer entidade. Financiar esporte é visto quase como obrigação para esses organismos”.
Pelo projeto do arquiteto, a administração da Vila ficaria a cargo de uma Comissão que contaria com representantes do Jockey, dos governos estaduais e municipais e de outros investidores.
Prestígio
A realização dos jogos de 2012 no Brasil é uma das bandeiras da atual administração do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O presidente da instituição, Carlos Arthur Nuzman, já manifestou-se defendendo a indicação do País como sede das Olimpíadas. Segundo Pierri, Curitiba leva vantagem sobre outras cidades brasileiras por contar com um prestígio muito forte em outros países. “A cidade sempre foi bem-vista pelo investimento em meio-ambiente, em soluções urbanas e qualidade de vida. A construção dessa vila e a realização dos jogos seria a consolidação desse modelo”. (Guilherme Voitch)