Cunha diz que fim da CPMI pode servir a interesses

O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), afirmou que o fim da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado no Congresso, que investiga o envio ilegal de recursos para o exterior, pode servir a outros interesses. “Acabar com CPI pode estar servindo a interesses de outros; podem estar utilizando os bons para encobrir os maus”, afirmou, após almoço com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Cunha afirmou que tinha uma posição muito cética em relação à CPMI, mas, ao ser indagado sobre que opinião tinha, ele preferiu não se aprofundar, dizendo que poderia gerar confusão e que não era hora. Cunha também fez uma avaliação sobre o trabalho da CPMI do Banestado no Congresso. O presidente da Câmara defendeu o trabalho da comissão, disse que não houve pedido de quebra de sigilo indiscriminado e, ao ser questionado sobre a atuação do relator da CPMI, José Mentor (PT-SP), afirmou que foi correta. “Eles podem ter errado no método, mas ele trabalhou corretamente. Não há pedido indiscriminado; só critica quem não conhece.” Cunha disse que não vê dificuldade na quebra de sigilo. “Qual o problema de quebrar o sigilo? O erro é divulgar o sigilo e não quebrar.”

O presidente da Casa reiterou que o objetivo da CPMI do Banestado é descobrir falcatruas em remessas de dinheiro ao exterior e disse que “quem é do bem não precisa ter medo”. “Só teme quem tem algum problema. Qual o problema de uma pessoa que enviou dinheiro e declarou no Imposto de Renda (IR).”

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