O presidente de Cuba, Fidel Castro, anunciou hoje, durante a abertura da reunião de cúpula dos países da Comunidade do Caribe (Caricom), que vai pedir o ingresso de seu país no acordo firmado pelo grupo chamado Ásia, Caribe-Pacífico (ACP) com a União Européia, mais conhecido como Acordo de Cotonú. Castro disse que a negativa de Cuba em participar do acordo original foi causada por “fatores alheios à vontade de Cuba e do Caribe”, mas argumentou que como houve “mudanças parciais” o país voltou a ter interesse em participar do convênio.
Os fatores aos quais Fidel se referiu foram exigências feitas pelos europeus para o ingresso de Cuba no Acordo, que os cubanos consideraram uma interferência nos assuntos internos da Ilha. Com discurso mais conciliador, Castro reconheceu as dificuldades enfrentadas pela Caricom e avaliou como “imperativo” para a recuperação destes países a integração e cooperação entre os Estados com “diversos esquemas e organizações regionais”.
Participam do encontro em Havana dois presidentes, onze primeiros-ministros e um vice-presidente dos 14 países da Caricom, além de líderes da região.