CSN enfrenta a Tata em leilão para comprar a Corus

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que hoje ocupa a 50ª posição no ranking mundial, pode entrar em poucas horas num seleto grupo de produtores de aço no qual estão grandes empresas como a européia Arcelor Mittal, a japonesa Nippon Steel ou a sul-coreana Posco. Caso consiga vencer a indiana Tata Steel no leilão para a compra da anglo-holandesa Corus, a CSN se tornará o 5º maior grupo siderúrgico do mundo, com produção anual de 23 milhões de toneladas de aço. A CSN superaria em 10 milhões de toneladas a produção da maior siderúrgica brasileira, a Gerdau.

Segundo um executivo de uma das maiores siderúrgicas do mundo, o negócio é a última grande chance de siderúrgicas médias se tornarem gigantes. ?Esta parece ser a última alternativa para se tornar um grande competidor da noite para o dia?, disse. Segundo ele, não existem mais ativos siderúrgicos baratos e esta é uma condição para o processo de consolidação do setor.

Ontem, as autoridades que regulam as aquisições na União Européia deram o sinal verde para que a CSN participe do leilão. O duelo começa às 14h30 (horário de Brasília), quando a CSN, controlada pelo empresário Benjamin Steinbruch, e a Tata começam a entregar os envelopes fechados com os lances pela Corus. O resultado é imprevisível, mas ontem os investidores arriscaram um último palpite e as ações da CSN subiram 1,45%, enquanto o índice Bovespa caiu 1,89%.

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