Crise aérea derruba movimento nos hotéis em até 50%

A confusão que invadiu os aeroportos do País nos últimos dias levou o caos a um setor dependente do transporte aéreo: o turismo. No feriado prolongado, os atrasos nos aeroportos acarretaram prejuízos estimados em milhões de reais. Algo que ainda não se consegue calcular.

De acordo com o presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional), Eraldo Alves da Cruz, a ocupação do setor hoteleiro foi prejudicada com quedas que variam de 25% a 50%. Os lugares mais afetados foram o Rio e os Estados do Nordeste, onde muitos turistas já haviam reservado quartos em hotéis e pousadas. "Em alguns lugares, nem ocupação teve", disse Cruz. "Todos os pólos turísticos estão sendo afetados.

Além das desistências pela falta de expectativa do vôo, Cruz lembrou que houve quem não chegou a ir ao aeroporto. "Impossível dizer o quanto afeta, são milhões." O País tem 1,1 milhão de apartamentos em 25,7 mil meios de hospedagem – 18 mil são hotéis e pousadas. A ocupação média por quarto é de três pessoas.

A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) estima que 5% dos passageiros que tinham pacote com operadoras não chegaram a seus destinos e houve atrasos de até seis horas no desembarque. No entanto, segundo o presidente da Braztoa, José Zuquim, as operadoras se organizaram para que o caos não ficasse pior. Ele contou que muitas trabalharam no feriado para compensar os atrasos dos vôos.

O Ministério do Turismo, por meio do secretário-executivo, Márcio Favilla, confirmou que houve prejuízo ao setor, só não soube dizer de quanto. Para Favilla, a situação será superada a tempo de não atrapalhar o fluxo dos próximos feriados.

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