O zagueiro Cris, do Cruzeiro, foi convocado nesta quarta-feira pelo técnico Carlos Alberto Parreira para fazer parte do grupo que jogará com o Haiti, dia 18, em Porto Príncipe. A inclusão do atleta na lista não estava prevista pela comissão técnica, que, na semana passada, divulgou relação de 18 nomes para o amistoso.
Embora a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não confirme a informação, a iniciativa de Parreira se deve à possibilidade de alguns clubes europeus não liberarem seus jogadores para a viagem ao Haiti.
Pelo menos dois clubes europeus enviaram fax à CBF, em tom de crítica, para contestar o amistoso com o Haiti. Um deles seria o Bayer Leverkusen, disposto a manter na equipe Roque Júnior e Juan, dois zagueiros convocados dia 3 por Parreira. Nos documentos, os clubes lembravam do acordo do ano passado, entre a Fifa e os clubes europeus, que só passariam a liberar seus atletas para amistosos de seleções nacionais se os jogos fossem disputados na Europa.
A princípio, o Brasil utilizaria a data Fifa de 18 de agosto para enfrentar a Itália, nos Estados Unidos, numa partida que marcaria os dez anos de conquista do tetracampeonato. Haveria um vôo fretado da Europa para Nova York e os clubes europeus já haviam concordado com a idéia. Mas diante da proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de a seleção disputar amistoso com o Haiti, a CBF preferiu atender ao governo federal e deixou de lado o previsível protesto dos clubes.
O Arsenal, da Inglaterra, já se manifestou publicamente sobre o jogo. E a diretoria do clube ficou contrariada com a convocação de Edu, que ganhou férias após a disputa da Copa América, e agora terá de suspendê-las.
No dia 3, Parreira anunciara que convocaria no Haiti, dia 17, mais quatro jogadores – assim totalizando 22 atletas, que integrariam a equipe para o confronto com a Bolívia, dia 5 de setembro, pelas Eliminatórias do Mundial de 2006, e para outro amistoso, contra a Alemanha, dia 8.