CPI quer saber porque Banestado comprou títulos podres

Nesta quarta-feira, dia 8, a CPI do Banestado deverá colher os depoimentos de ex-diretores da Banestado Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, para uma série de averiguações sobre a aquisição de títulos públicos sem liquidez no mercado, porque os Estados ou municípios emissores não tinham capacidade de efetuar o resgate em seus vencimentos.

Foram convocados os ex-diretores Rodrigo Pereira Gomes Jr., Paulo Roberto Gonçalves da Silva, Paulo Roberto do Nascimento de Macedo, Carlos Antonio Valente Castro e Dimitri Vasic.

A quantidade adquirida de títulos públicos – emitidos pelos Estados de Alagoas, Pernambuco, Santa Catarina e municípios de Osasco e Guarulhos, entre outros -, não honrados, levou o governo do Estado a captar recursos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco Central, que chegaram em 1998 ao valor de R$ 2,314 bilhões e que resultaram num custo financeiro da ordem de R$ 476 milhões. Esse montante é equivalente a cerca de 17% de toda a dívida do Banestado, que o povo do Paraná paga hoje em prestações mensais de R$ 47 milhões, até o ano de 2029.

Entre outros aspectos, a CPI também deverá inquirir os depoentes sobre os motivos que levaram o Banestado a adquirir títulos junto à Divalpar, que já não tinham valor algum no mercado, em função da divulgação dos resultados da CPI dos Precatórios.

A reunião desta quarta feira acontece a partir das 10 horas, no plenarinho da Assembléia Legislativa.

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