Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas vai notificar mais três parlamentares por envolvimento na compra superfaturada de ambulâncias com recursos do orçamento. São os deputados: Salvador Zimbaldi (PSB-SP) e Philemon Rodrigues (PTB-SP), e o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).
Com a notificação, os parlamentares passam a ser investigados exclusivamente pela CPI, sem inquérito aberto com autorização do Supremo Tribunal Federal. Como o relatório parcial da CPI já encaminhou 72 pedidos de abertura de inquérito, agora, os três parlamentares apresentarão suas defesas e a investigação da comissão pode concluir ou não por novos pedidos.
"Qualquer pessoa, qualquer parlamentar em que existam elementos de provas poderão ser investigados", afirmou o presidente da CPI após reunião com o vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE) e um dos sub-relatores deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). De acordo com Biscaia, há documentos que implicam o envolvimento dos três parlamentares.
A situação é diferente da dos deputados Ricardo Izar, Ciro Nogueira, José Múcio e Luiz Piaulhino, citados em uma reportagem como possíveis envolvidos no esquema com base em informações do empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam. "Por enquanto os elementos não indicam a necessidade de uma notificação e conseqüente investigação", afirmou o presidente da CPI.
No entanto, Biscaia observou que os trabalhos da comissão não foram concluídos e novos nomes poderão ser investigados. "Enquanto os trabalhos da CPI não forem definitivamente concluídos em dezembro deste ano qualquer parlamentar ou qualquer pessoa sejam quem for, se houverem elementos suficientes serão encaminhados para investigação", ressaltou.