CPI dos Correios pode antecipar depoimento de ex-secretária

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) decide, nesta quarta-feira
(22), se antecipa ou não o depoimento de Fernanda Karina Somaggio, diante da
entrevista concedida por ela à TV Globo, de que teria sido ameaçada de morte e,
por isso, desmentiu para a Polícia Federal parte da entrevista que concedeu
anteriormente à imprensa. Nela, Karina Somaggio afirmava que o seu ex-chefe
Marcos Valério de Souza, publicitário de Belo Horizonte, carregava malas de
dinheiro quando se encontrava com integrantes do PT, como o tesoureiro do
partido, Delúbio Soares.

O presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral
(PT-MS), disse que, diante da confirmação das informações dadas a revista, é
possível que se antecipe para a próxima semana o seu depoimento à comissão. No
entanto, Delcídio Amaral ressaltou que o assunto terá que ser discutido pelo
plenário da CPMI. Existe um requerimento de preferência do deputado Ônix
Lorenzoni (PFL-RS) para que logo após o depoimento do publicitário, a
ex-secretário possa ser ouvida.

"É imprescindível colocar frente à frente
Marcos Valério e Karina. Nós já fizemos este requerimento para que, na próxima
semana, isso aconteça", afirmou Lorenzoni. Pouco antes da suspensão da sessão,
por volta das 23h30, o ex-chefe de departamento dos Correios, Maurício Marinho,
afirmou que a empresa de informática HHP teria sido beneficiada numa compra
emergencial de 500 impressoras, pelos Correios. Segundo ele, isso aconteceu a
partir de uma licitação revogada pela Diretoria de Tecnologia da
ECT.

"Houve uma compra emergencial de impressoras que foi feita à HHP",
disse Marinho. De acordo com o funcionário dos Correios, a empresa é ligada ao
PT e ao secretário-geral do partido, Silvio Pereira. O relator da CPMI, deputado
Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que nos depoimentos prestados à Polícia Federal
e ao Ministério Público, em nenhum momento Maurício Marinho comentou a compra
dessas impressoras

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