O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), reuniu-se hoje (30) com os membros da CPMI para discutir os procedimentos de análise e votação do relatório final, na próxima terça-feira (4). Segundo Delcídio, a sessão terá início às 14 horas já com a discussão do relatório apresentado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Na primeira parte da reunião, cada parlamentar terá 15 minutos para apresentar seus pontos de vistas sobre o relatório. Se todos os 31 integrantes da comissão usarem o prazo estabelecido para a discussão, só a primeira fase da reunião levará quase oito horas.
Encerrada essa fase, será feita a votação, ressalvando-se os votos em separado que deverão ser apresentados por parlamentares da base do governo e da oposição. O voto em separado é um instrumento regimental que permite a alteração parcial ou total do texto, nesse último caso, sendo apresentado na forma de substitutivo ao relatório do relator.
Delcídio informou que os votos em separado poderão ser apresentados até terça-feira. Segundo o senador, até a semana que vem, haverá conversas com o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), para tentar adequar o texto do relatório apresentado ontem (29). "Vamos buscar, nos cinco dias que temos pela frente, chegar com o texto o mais próximo possível daquilo que tanto a oposição quanto a situação questionam ou vão apresentar sugestões", afirmou Delcídio.
Parlamentares da oposição e da base governista já conversaram hoje com Serraglio sobre as mudanças que pretendem promover no relatório. "A sensação é de que ele (Serraglio) está aberto, até porque todo relatório tem ajustes", disse Delcídio. Para ele, uma das questões que é preciso trabalhar diz respeito às propostas de indiciamento apresentadas pelo relator. "Temos que olhar essa questão do indiciamento com cuidado, porque, se não fizer uma coisa direita, vai cair quando chegar na Justiça", afirmou o presidente da CPMI.
O senador disse que a comissão tem que fazer de tudo para evitar que a oposição ou a base do governo apresente um relatório substitutivo ao de Osmar Serraglio. Se isso acontecesse, "seria muito ruim" e desgastaria ainda mais a imagem do Congresso, afirmou Delcídio.