Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos volta aos trabalhos na próxima terça-feira (17). De 16 de dezembro a 16 de janeiro, período de convocação extraordinária, os senadores não realizaram sessão. Na quarta-feira (18), a comissão deverá apresentar relatório parcial sobre a renovação do contrato da Caixa Econômica Federal com a Gtech em 2003.
Na terça-feira (17), está marcado depoimento do economista Paulo de Tarso Venceslau, ex-militante do PT (foi expulso do partido no início de 1998) e ex-secretário de finanças da prefeitura de São José dos Campos.
De acordo com assessoria da CPI, Paulo de Tarso denunciou, em 1997, ao diretor nacional do PT, na época o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, irregularidades envolvendo a empresa Consultoria Para Empresas e Municípios (CPEM), prestadora de serviços a diversas prefeituras do partido. Segundo Tarso, o esquema era operado pelo advogado Roberto Teixeira, amigo do presidente Lula.
Na quinta-feira (19), estão marcados os depoimentos de Éder Eustáquio Macedo e dos procuradores de Campinas, Ricardo José Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto.
Na quebra do sigilo telefônico de Rogério Buratti, Wladimir Poleto e Ralf Barquete, aparecem várias ligações para um telefone celular registrado em nome da representação do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro. O aparelho era usado por Éder, admitido em 2003 pelo ministério em Brasília para servir ao gabinete do ministro no Rio.
Éder foi citado em matéria da Veja (29/10) como sendo o motorista que teria transportado, em julho de 2002, as três caixas supostamente com dólares provenientes de Cuba destinados a caixa de campanha do PT.
Já Ricardo José Gasques de Almeida Silvares e Fernando Pereira Vianna Neto são procuradores do estado de São Paulo que trabalham no caso do assassinato do ex-prefeito de Campinas (SP), Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, assassinado em 10 de setembro de 2001.