O envio de armas, por Sedex, a um presídio na cidade de Iara, no interior de São Paulo, no ano passado, será o tema da audiência, hoje (19), da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico de Armas. Os parlamentares ouvirão o chefe da Divisão de Segurança Postal dos Correios, Afrânio José Esteves dos Reis.
Em depoimento à comissão no fim de março, o delegado da Polícia Civil de Águas de Santa Bárbara (SP) Marco Antônio de Oliveira contou que a encomenda foi enviada ao presídio por alguém da própria cidade. O destinatário era um detento, que planejava provocar uma rebelião no momento da abertura das duas caixas de Sedex.
A abertura de correspondências para detentos é feita na frente do destinatário para que seja possível a inspeção. Antes, porém, de o pacote ser aberto, um dos canos das armas o perfurou, frustrando o plano dos presos. A encomenda continha inclusive fuzis e metralhadoras. No ano passado, a testemunha Eliana Covolo, acusada de gerenciar um paiol da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), falou aos deputados sobre o grande volume de encomendas por Sedex que entram e saem dos presídios paulistas ? cerca de 1.800 pacotes por semana.
