Depois de ouvir o ex-secretário de Comunicação Social, Jaime Lechinski, o coordenador da Assessoria de Comunicação Social do Banco do Estado do Paraná no período de 1995 a 1998, José Schalapak, os funcionários da assessoria Juraci Pasini Moreira e Veridiana Wachowski, e o publicitário Cláudio Hofmann, da agência Heads Propaganda, a CPI do Banestado na Assembléia Legislativa decidiu pedir a quebra do sigilo bancário desta agência e da Mercer, que atendiam o Banestado na área de publicidade e propaganda.

Questionados sobre os gastos do Banestado com propaganda em julho de 1998, sete vezes superior à média das despesas dos bancos públicos do país na mesma ocasião, o ex-secretário Jaime Lechinski, a quem cabia autorizar, através de PADVs (Pedido de Autorização para Divulgação e Veiculação) toda a propaganda referente ao governo estadual e seus órgãos, explicou que atendeu uma necessidade do momento.

Segundo ele, o banco passava por um momento delicado, de saneamento para posterior privatização, e era alvo de boatos que provocavam corridas de correntistas para retiradas. A situação era agravada pelo fato do banco recorrer ao interbancário diariamente, onde, chegava a tomar emprestado até R$ 700 milhões por dia. Para fazer frente a isso e tentar aumentar as captações, foram intensificadas as campanhas publicitárias. Ele também informou que estavam previstos nos editais de licitação das agências os aditivos feitos ao longo dos três anos e informou que os órgãos de comunicação eram escolhidos para a veiculação da propaganda de acordo com critérios técnicos.

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