A Corregedoria da Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o envolvimento de policiais civis, agentes administrativos de delegacias e outras pessoas em uma rede exploração sexual infantil usada para cobrar propina de pedófilos. Toda a apuração foi entregue à Vara de Inquéritos Policiais (VIP) com o indiciamento de 28 pessoas, entre elas 25 são policiais civis e agentes de delegacias. Eles irão responder por estupro, atentado violento ao pudor, formação de quadrilha, exploração sexual comercial infanto-juvenil, concussão e corrupção de menores.
?Foi uma investigação detalhada e bem feita, que mostra que a Corregedoria não é um órgão corporativista, mas sim que trabalha pelo bem dos policiais honestos e da população?, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
Os policiais indiciados trabalhavam no 4.º, 7.º e 12.º Distritos Policiais em Curitiba. Segundo a delegada Charis Negrão Tonhozi, chefe da Corregedoria da Polícia Civil, das 28 pessoas indiciadas, 13 investigadores, três delegados, dois agentes administrativos e quatro escrivães permanecem presos, dois acusados foram liberados pela Justiça, dois estão foragidos e, segundo a delegada, duas pessoas ainda não foram presas.
No inquérito, que corre sob segredo de Justiça, a Corregedoria identificou pelo menos seis crianças e adolescentes usadas na rede de exploração sexual. Por determinação judicial, os nomes das pessoas envolvidas e os detalhes da investigação não podem ser divulgados.
Além do processo criminal na Justiça comum, os policiais envolvidos responderão a processo administrativo disciplinar para que possam sofrer as punições administrativas da Polícia Civil. De acordo com a corregedora, investigação preliminar já havia sido instaurada depois da prisão dos policiais. Agora, com o inquérito finalizado pela Corregedoria, a documentação será enviada para o Conselho da Polícia Civil que abrirá os processos contra cada um dos policiais.