Corinthians faz jogo decisivo contra o Tigres

Em dezembro de 2004 o Corinthians anunciou a parceria com a MSI. Juntos, traçaram um plano para o time conquistar a América em 2006 e fizeram altos investimentos em contratações – cerca de R$ 150 milhões para trazer Tevez, Roger e companhia. A vaga para o torneio veio com o título brasileiro de 2005. E nesta quarta-feira, passados 15 meses, o time entra em campo diante do Tigres, às 21h45, no Pacaembu, tentando salvar tudo que foi planejado. É vencer ou ver o semestre e o sonho de ganhar a Libertadores acabarem de forma melancólica e decepcionante.

Com 4 pontos em 3 jogos, o Corinthians amarga a terceira posição do grupo 4, atrás de Tigres e da Universidad Católica. Pouco para quem falava em terminar a primeira fase com o melhor rendimento de todos os times. Pior, está sem treinador – Ademar Braga quebra galhos de forma interina – e não vence há quatro rodadas – um empate e três derrotas.

Problemas, tantos problemas, serviram para unir o elenco motivá-los. No momento no qual a palavra crise mais serve de sinônimo para Corinthians, o termo superação ganhou força. Todos são unânimes em garantir, sem medo de sofrer as conseqüências, que será o dia da redenção, da reviravolta no ano.

"Sempre o jogo seguinte é o mais importante do Corinthians, mas esse…", divagou o politicamente correto Ricardinho, garantindo não estar temeroso pelo resultado. Um dos líderes da equipe, ele prega calma e divide responsabilidades.

"Este é o jogo. Desde o início do ano, o mais importante para a gente", enfatizou Betão. "Precisamos de tranqüilidade, pois desespero neste momento será fatal, a ansiedade atrapalha", comentou o zagueiro, agradecendo o apoio recebido por integrantes da Gaviões da Fiel na segunda-feira à noite. "Eles passaram total confiança para a gente. Vamos retribuir."

Já o técnico Ademar Braga não consegue conter a euforia por sua estréia dirigindo uma equipe em Libertadores. Parece, até, estar vivendo um dos momentos mais pacatos de sua carreira de 37 anos no futebol. "Quem não gosta de pressão não pode trabalhar de técnico. Estou tranqüilo, vamos com tudo amanhã, impor nosso ritmo e ganhar o jogo. Confio na defesa, no ataque, no meio-campo e no goleiro", discursou Ademar. "Fizemos um planejamento e todos vão cumprir. Sabemos da nossa competência e responsabilidade, teremos um empenho maravilhoso."

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