Coréia do Sul promete apoiar Brasil se Conselho de Segurança for ampliado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu às duas autoridades sul-coreanas que visitou hoje (25), em Seul, que o Brasil se mantém contra a proliferação das armas nucleares e defende a eliminação delas. Trata-se de um dos temas mais delicados do governo do presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-Hyun, que tenta a duras penas demover a Coréia do Norte, vizinho que declarou-se pronto para realizar testes de sua bomba atômica.

De sua visita a Seul, o presidente saiu pelo menos com uma promessa em relação à sua ambição de conquistar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas para o Brasil. O presidente Roh informou que apoiará o Brasil na hipótese de aprovação da ampliação do conselho, no processo de reforma da instituição.

Além de conversar sobre a ameaça nuclear da Coréia do Norte com Roh e de incluir o tema no comunicado do encontro, o presidente Lula voltou a defender que a melhor opção seria a utilização dos recursos destinados a esses programas para as áreas de educação, de saúde e de combate à fome ao tocar no assunto com o presidente da Assembléia Nacional coreana, Lee Man-sup. "Nós temos uma posição clara contra a proliferação de armas nucleares. O mundo precisa de menos bombas e de mais emprego e comida", afirmou Lula a Lee.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim o Brasil defende a retomada das negociações sobre a não proliferação de um grupo composto por seis países, do qual a Coréia do Norte se desgarrou, para a busca de uma solução pacífica e diplomática. O grupo inclui os Estados Unidos, o Japão, a China, a Coréia do Sul e Rússia. A Coréia do Sul está plenamente de acordo com essa posição. Roh tentará, no próximo dia 10, discutir uma saída com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em uma visita a Washington.

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