O circo estava instalado há cinco meses no Parque Santo Amaro e não tinha licença para funcionar. Era noite de espetáculo. No picadeiro, Railson fazia acrobacias no mastro mais alto, para uma platéia de 300 pessoas. Uma das atrações no trapézio, o adolescente havia aprendido o ofício há cinco anos, no Circo-Escola do bairro Bom Jardim, mantido pela Secretaria da Ação Social do Estado do Ceará para tirar meninos e meninas das ruas da cidade.
O rapaz preparava-se para o encerramento de seu número: uma descida de cabeça para baixo. A corda se rompeu. “Ele caiu de cabeça”, disse a dona de casa Márcia Ferreira. O corpo do adolescente será enterrado hoje no cemitério de Caucaia.
O dono do circo, Reginaldo Moura, informou que era o próprio adolescente quem fazia a manutenção do equipamento. “Antes do espetáculo era ele quem fazia a montagem do aparelho”, disse Moura.
Depois da tragédia, os Bombeiros interditaram o Garjany. A polícia ouviu quatro testemunhas e espera o laudo da perícia para apurar as responsabilidades.
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