Copom mantém cenário básico de mesmo aumento para gasolina

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deixa claro na ata de sua reunião de outubro que está preocupado com os possíveis efeitos de um reajuste mais forte do preço dos derivados de petróleo, como a gasolina, sobre a inflação de 2005. “No cenário doméstico, continua indefinida a trajetória de realinhamento dos preços dos derivados de petróleo em relação às cotações internacionais, e aumenta a possibilidade de que o impacto desse realinhamento – na medida em que possa ser postergado, mas não evitado – acabe contaminando mais fortemente a inflação de 2005”, afirmam os diretores no documento divulgado hoje pelo BC.

Os efeitos negativos da indefinição do prazo de concretização desse reajuste mais forte dos preços dos derivados é destacado pelo Copom. “Uma mera protelação reduziria a eficácia da política monetária, ao estender o período durante o qual os agentes privados operam na expectativa de um choque inflacionário iminente, de magnitude incerta, requerendo taxas de juros nominais mais elevadas para produzir uma mesma taxa de juros real esperada”, alertam.

O Copom mantém em seu cenário básico a mesma projeção que vinha trabalhando para o aumento da gasolina em 2004, de 9 5% no total, e pretende divulgar, em breve, estimativas desagregadas para 2005, já que atualmente o aumento de gasolina projetado para o próximo ano está incorporada na estimativa de alta esperada pelo Copom para o conjunto de preços administrados ou monitorados por contrato. Será no momento de elaboração dessas projeções em separado que o Comitê definirá se essa situação mais adversa do cenário internacional de petróleo terá que ser incorporada diretamente ao cenário básico de projeções

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