Copel conclui rede subterrânea em Foz do Iguaçu

Dentro do projeto do Governo do Estado de promover a revitalização urbanística da Avenida Brasil, no centro comercial e financeiro de Foz do Iguaçu, a Copel concluiu a construção e instalação da rede elétrica subterrânea de distribuição em 1,5 quilômetro daquela via ? entre as avenidas República Argentina e Jorge Schimmelpfeng.

Na obra, iniciada em outubro de 2004 e onde foram investidos aproximadamente R$ 8 milhões, a Copel está empregando pioneiramente no Brasil transformadores que usam óleo vegetal como isolante elétrico, em lugar do óleo mineral derivado de petróleo. O óleo vegetal apresenta diversas vantagens sobre o isolante tradicional, a começar pelo menor custo e maior resistência ao calor: seu elevado ponto de combustão (em torno de 300 graus centígrados) reduz o risco de incêndios no equipamento.

Porém, a principal vantagem do isolante vegetal é ser biodegradável, característica que o torna muito menos agressivo ao meio ambiente e seguro para as pessoas que lidam com ele, dispensando cuidados especiais na sua armazenagem, transporte ou manipulação. A Copel está usando 18 transformadores desses na rede subterrânea da Avenida Brasil, instalados em câmaras subterrâneas e operando na tensão de 13,8 mil volts, cada qual com potência de 500 kVA (quilovolts-ampères).

Outra importante inovação tecnológica adotada pela Copel no projeto é a instalação de um sistema que, em caso de pane ou defeito num dos transformadores, automaticamente transfere e redistribui sua carga entre os demais. Também merece destaque o uso de um sistema automatizado que faz a supervisão de defeitos em cabos e o monitoramento dos transformadores.

Limpeza 

Com a desativação da rede aérea convencional, a Copel retirou da Avenida Brasil 123 postes, 3 mil metros de cabos condutores de alta tensão, 3,6 mil metros de fiação da baixa tensão e 30 transformadores. No lugar, os cerca de 650 consumidores localizados no trecho de abrangência da rede subterrânea passam a ser atendidos por um sistema que exigiu a construção das câmaras para os 18 transformadores, 240 caixas de passagem e 40 quilômetros de dutos, onde foram instalados ? além dos transformadores ? 31 interruptores submersíveis de 15 mil volts, 5 chaves submersíveis de manobra, 4,1 mil metros de cabos para a rede primária de alta tensão e 6 mil metros de condutores de baixa tensão.

No trecho servido pela rede subterrânea estão diversos consumidores de porte, como grandes edifícios e galerias, hotéis, lojas e agências bancárias. Segundo técnicos da Superintendência de Engenharia da Distribuição da Copel, a rede foi projetada para suportar e atender com toda a confiabilidade ao crescimento do consumo naquela área pelos próximos 20 anos, pelo menos.

Além das vantagens estéticas e urbanísticas de um visual mais limpo e do ganho de espaço para circulação decorrente da retirada de postes, equipamentos e da fiação da rede elétrica convencional, a rede de distribuição subterrânea apresenta grande confiabilidade operacional. Por operar abaixo do solo, ela fica praticamente a salvo de interrupções provocadas por ventos, descargas atmosféricas, acidentes de trânsito com abalroamento de postes e interferência da arborização.

Além de Foz do Iguaçu, apenas duas outras cidades paranaenses possuem trechos do seu sistema de distribuição de energia elétrica que são subterrâneos: a região central de Curitiba e o setor histórico da Lapa. Está em fase de estudos e projeto a construção de um trecho de rede elétrica subterrânea em Maringá, numa área central até recentemente cortada por uma linha férrea, que será recuperada e urbanizada.

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