Controladoria-Geral da União investiga contrato sem licitação da Infraero

A Controladoria-Geral da União (CGU) investiga a possibilidade de favorecimento em um contrato firmado, sem licitação, pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) com empresa em que atuava a filha do atual diretor comercial da estatal. O acordo, assinado em dezembro de 2003, envolve fornecimento de software no valor R$ 26,8 milhões. Segundo José Welington Moura, diretor sob investigação, o contrato está suspenso desde dezembro de 2005 por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).

Alegando notória especialização, a Infraero contratou a FS3 Comunicação e Sistemas sem a realização de licitação pública. A empresa, criada apenas quatro meses antes da assinatura do acordo, deveria desenvolver um programa de gerenciamento e comercialização de espaços publicitários nos aeroportos administrados pela estatal. O contrato entre as partes foi aprovado em reunião da qual participaram toda a diretoria da Infraero – inclusive o então presidente, Carlos Wilson – e assinado às vésperas do Natal de 2003.

Há suspeita de que o diretor tenha ligações anteriores com a empresa, do que seria indício o fato de sua filha ter trabalhado na FS3. Ao tomar conhecimento das suspeitas de irregularidades no contrato firmado pela estatal, o ministro da Defesa, Waldir Pires, solicitou que a CGU também entrasse no caso. Ontem, por meio de sua assessoria, o órgão informou que não poderia dar detalhes sobre o andamento da investigação, que continua em andamento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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