Controladores de vôos rejeitam “pacote de bondades”

O pacote que está em estudo pelo governo para tentar conter a insatisfação dos controladores de tráfego aéreo, que prevê a concessão de gratificação para os militares e a reestruturação da carreira dos civis, foi rechaçado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor do Rio de Janeiro, Jorge Botelho, e alvo de troca de e-mails revoltados pelos operadores de vôo de todo o País.

"Não aceitamos pacotes prontos. Temos um grupo de trabalho em andamento e queremos discutir todas as propostas", desabafou Botelho. "O que a categoria quer é a criação de uma carreira típica de Estado, englobando todos os controladores, fora do controle militar.

Em e-mails, controladores chamaram a gratificação de "migalha". Outro, mais radical, advertia para a revolta da categoria, avisando que "o governo está dando combustível pesado para a volta do caos aéreo". A proposta foi elaborada ainda pela equipe comandada pelo brigadeiro Luiz Carlos Bueno, que deixa o cargo na quarta-feira e já passou pelo Ministério do Planejamento.

Na Aeronáutica, temendo que o vazamento do pacote de bondades possa aumentar a insatisfação da categoria e subir, de novo a temperatura, os militares fazem questão de dizer que toda e qualquer medida para o setor está em suspenso.

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