A Secretaria da Segurança Pública do Paraná vai investigar se o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), contratou irregularmente policiais militares da ativa para fazerem sua segurança particular e também do seu coordenador da campanha eleitoral, Fernando Ghignone. Um homem se apresentou como soldado da PM, quando foi abordado por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos que trabalhavam na Rua Antônio Pietrusa, no bairro Portão, na manhã de ontem.

Segundo os policiais civis, o soldado estava sem farda, mas com a carteira de identificação da PM. Os policiais civis patrulhavam a área com viatura descaracterizadas e abordaram o homem, porque ele estava dentro do carro modelo Santana, junto com outro homem, em atitude suspeita.

O investigador da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Celso Pereira da Silva, que participou da abordagem, contou que decidiu pedir reforço em uma viatura caracterizada para fazer a revista nos suspeitos. “No dia 05 de agosto, nós trocamos tiros com uma quadrilha de ladrões de carros exatamente naquela rua. Além de prender os cinco criminosos, recuperamos um Audi e um Astra. Não poderia fazer a abordagem correndo o risco de encontrar uma nova quadrilha”, disse. Segundo o investigador, outros quatro policiais, em uma viatura caracterizada, com placas identificadoras, modelo Scenic, fizeram a abordagem. “Mas, quando chegamos, apenas um homem estava dentro do carro, no banco do motorista. Ele se identificou como policial militar e disse que estava ali fazendo ‘bico’ de segurança”, contou em relatório, o investigador.
Celso da Silva afirma, ainda, que não houve qualquer tipo de violência na abordagem. “A matéria publicada no site de Beto Richa se trata de matéria mentirosa e irresponsável”, declara. Ele garantiu, também, que, em nenhum momento, viu ou abordou qualquer outra pessoa além do policial militar. “Em momento algum visualizamos a pessoa de Beto Richa, bem como não fomos interpelados por nenhum coronel da reserva”, acrescenta.

Apesar de o investigador não ter anotado o nome do PM contratado, ele garante que poderá identificá-lo. A Polícia Militar do Paraná já está investigando o caso para saber quem era o policial.

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