Conselho cria grupo para avaliar mudanças no CMN

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social criou hoje um grupo de
trabalho para discutir uma proposta de ampliação do Conselho Monetário Nacional
(CMN). A proposta foi apresentada pela professora da Fundação Getúlio Vargas, do
Rio de Janeiro, Sonia Fleury e se aprovada será levada como sugestão ao
presidente da República. A professora argumenta que a atual "estrutura de
governança macroeconômica" foi montada em um momento em que a prioridade do País
era o controle da moeda.

Segundo ela, cumprida a primeira etapa da
estabilização é hora de fazer a transição para um novo modelo em que haja
flexibilidade nas metas de inflação e maior transparência no processo decisório.
Ela sugere que o conselho, que hoje é formado pelos ministros da Fazenda, do
Planejamento e pelo presidente do Banco Central, incorpore outros ministros e
representantes de trabalhadores e empresários, mantida a maioria de
representantes do governo.

Ela argumentou que o atual sistema de metas
da inflação não conseguiu impedir que os índices superassem a meta e tende a
promover o aumento da dívida pública, que para ser evitado exige crescentes
superávits primários obtidos com o cortes no orçamento.

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