Compasso de espera

O ministro Reinhold Stephanes, da Agricultura e Abastecimento (Mapa), revelou uma boa notícia aos produtores paranaenses de carne bovina, que por enquanto estão alijados da relação de propriedades consideradas aptas para a exportação, segundo critérios sanitários da União Européia. O ministro lembrou que nossa pecuária de corte acabou sofrendo com o embargo imposto por uma série de países importadores da carne brasileira, a partir de 2005, em função da descoberta de focos de febre aftosa em propriedades rurais de Mato Grosso do Sul.

De acordo com as avaliações feitas pelo ministro, o Paraná provavelmente só voltará a vender carne bovina in natura para os países do bloco europeu em 2009, tendo em vista que o Estado até agora não foi considerado livre da citada doença, pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

Stephanes afiançou não existir atualmente nenhum foco de febre aftosa em território paranaense, assim como não há a menor evidência de terem ocorrido por ocasião da rumorosa e até hoje nebulosa questão gerada em torno das propriedades de Mato Grosso do Sul. Todavia, o Paraná sofreu um elevado prejuízo decorrente do embargo aos embarques de carne bovina, da mesma forma que aconteceu com Minas Gerais e São Paulo.

A perspectiva do retorno da carne paranaense ao cardápio dos exigentes consumidores europeus depende do resultado final das análises científicas, em procedimento em laboratórios localizados na França.

Os laboratórios prometem entregar o resultado das investigações, o mais tardar, até setembro.

Homem público sintonizado aos desdobramentos da política doméstica, na condição de deputado federal, Stephanes não se furtou expressar o que pensa sobre as eleições em Curitiba, aliás, colocando o governador Roberto Requião em constrangedora saia justa, pois admitiu em alto e bom som que o PMDB não dispõe de estrutura e organização política suficientes para concorrer à eleição com chances de vencer a disputa, como informou ontem a jornalista Elizabete Castro. ?Beto é imbatível?, fulminou o ministro, apenas concordando com a intenção já manifestada pela maioria dos eleitores.

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