Comissão discute obrigatoriadade do “Voz do Brasil”

radio2150905.jpgO presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV, José Inácio Pizani, defendeu hoje, em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o fim da obrigatoriedade da transmissão do programa " Voz do Brasil" , pelas emissoras de rádio de todo o País. Ele e o diretor da Associação Brasileira de Radiodifusão, Rodrigo Neves, foram convidados pela comissão para discutir projeto de lei nesse sentido, que tramita na Casa.

Pizani acusou o programa oficial de representar o "atraso" na evolução da comunicação brasileira, já que data da década de 30 e representa o poder público, interferindo naquilo que a sociedade deve ou não ouvir. "O poder público acaba decidindo draconianamente o que a sociedade deve assistir naqueles 60 minutos", afirmou. Pizani cedeu o final do tempo de sua exposição para que o assessor da Abert, o jornalista Antonio Rosa Neto, apresentasse dados, pesquisas e estudos que mostram a queda na audiência do rádio entre 19 e 21 horas.

Segundo dados do assessor da Abert, o instituto Marplan divulgou recentemente dados que mostram que o pico de audiência do rádio é pela manhã, até as 9 horas, atingindo 42% . Às 19 horas registra-se o nível mais baixo de audiência: 11%. A partir das 20 horas o índice começa a se recuperar, atingindo 17% às 21 horas. Para Antonio Rosa Neto esses dados mostram que a sociedade não aceita um programa imposto e por isso desliga o rádio, causando prejuízo no faturamento das emissoras de rádio.

Segundo Antonio Rosa Neto o instituto Marplan retrata o rádio hoje como uma mídia móvel e que por isso melhor se adapta aos tempos modernos. "A sociedade hoje é dinâmica, que tem cada vez menos tempo para ficar parada lendo jornal ou revista para se informar", disse.

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