Começa segunda etapa da vacinação contra febre aftosa

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa foi lançada oficialmente nesta sexta-feira pelo governador em exercício Orlando Pessuti. Ele pediu o empenho dos pecuaristas para vacinar seus animais, iniciativa que representa a forma mais barata e mais eficaz para se fazer a prevenção e o controle da doença, que provoca prejuízos econômicos aos produtores e compromete as exportações de carne. A campanha ocorre de 1º a 20 de novembro.

Pessuti espera que a imunização desta segunda etapa da campanha alcance uma cobertura de 99% do rebanho, estimado em 10 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. O governador salientou que a vacinação contra a aftosa é um dos itens do controle da sanidade animal no Paraná, considerado um dos melhores do País. O trabalho foi reforçado com a contratação de 34 médicos veterinários e 56 técnicos auxiliares técnicos.

Pessuti e o secretário da Agricultura em exercício Newton Pohl Ribas participaram da vacinação realizada nos animais da propriedade de gado de leite do produtor Silvio Klass em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba. O produtor mantém um rebanho com 143 animais da raça Jersey, totalmente controlado. Klass disse que não descuida da vacinação e dos exames preventivos dos animais, responsáveis pela produção de 1.200 a 1.400 litros de leite por dia.

O governador em exercício atribuiu às parcerias firmadas entre a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento com entidades como Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep), Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e outras que compõem o Conselho Estadual de Sanidade Animal (Conesa) os resultados positivos que o Paraná vem obtendo na área de sanidade. “São 9,5 anos que não há registro de foco de febre aftosa no Estado e isso se deve ao trabalho construído pelas parcerias”, enfatizou.

Pessuti chamou a atenção para a importância da vacinação e do impacto econômico que pode ocorrer com a falta de conscientização dos pecuaristas. Lembrou que por causa de focos de febre aftosa ocorridos nos estados do Pará e Amazonas, as exportações de carnes para a Rússia estão suspensas, acarretando prejuízos econômicos para o País inteiro.

O secretário da Agricultura em exercício, Newton Pohl Ribas, disse que o mesmo rigor no controle da sanidade animal exigida dos grandes pecuaristas é estendido aos pequenos e médios criadores que participam do fornecimento de leite para o programa Leite das Crianças. Atualmente são 87 pequenos e médios laticínios que fornecem o leite para o programa que atende quase 160 mil crianças em todo o Estado.

Para o diretor do Departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Felisberto Batista, não há problemas com o suprimento de vacinas. Se houver falta de vacina em alguma região, os produtores devem entrar em contato com a Seab que o problema deverá ser solucionado rapidamente, afirmou. Ele disse ainda que o preço da vacina, em torno de R$ 1,10 a dose, é insignificante perto dos benefícios que ela representa.

Foi graças às campanhas de vacinação que as regiões Sul e Centro-Oeste do País conseguiram a declaração de Área Livre de Febre Aftosa, o que permitiu o aumento das exportações de carnes. Com isso, a arroba do boi se valorizou e hoje é cotada em torno de R$ 60,00. “Isso valoriza não somente o patrimônio do grande criador como do pequeno também porque o mercado é o mesmo para todos”, salientou.

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