Começa retirada dos últimos andares do esqueleto do Centro Cívico

Ao meio-dia desta sexta-feira o primeiro bloco da laje do último andar do esqueleto do Centro Cívico foi retirado. A operação de desmonte dos quatro últimos andares do prédio faz parte da primeira etapa das obras de restauração do imóvel e deve acabar em novembro. As obras recomeçaram no último dia 3, quando o governador Roberto Requião assinou a ordem de serviço para recuperar e concluir o edifício abandonado, que começou a ser construído há 18 anos e nunca foi terminado.

Para facilitar o trabalho de retirada dos pisos, cada andar do prédio foi dividido em quatro partes e cada uma delas foi recortada originando diversos blocos cortados em formato padrão de 1,25 x 11 m. Uma grua retira bloco a bloco e os coloca no chão. Em seguida, os blocos são levados para a pedreira do Departamento de Estradas de Rodagem, no Atuba. A cada 15 ou 20 dias em média uma dessas partes será retirada.

Segundo o secretário de Obras, Luiz Dernizo Caron, os blocos retirados serão usados para construção de habitação popular e as vigas e pilares serão triturados e usados para confecção de blocos de concreto. “O que marca esta obra é o ineditismo, pois vamos aproveitar as lajes e outros materiais em projetos desenvolvidos em parceria com a Cohapar, na construção de casas populares”, afirmou.

Somente na operação que iniciou nesta sexta-feira, 400 m2 de concreto foram retirados. O volume final de material removido somará 7.000 m2 de laje e 124 mil tijolos de concreto, que serão confeccionados e utilizados na construção de 200 casas populares. “Assim, o aproveitamento será total”, afirmou Nilson Pohl, diretor-geral da Secretaria de Obras.

Cerca de 60 homens estão trabalhando na fase de desmontagem dos pavimentos e discos e fitas adiamantados estão sendo usados para o corte das lajes. O prazo de execução previsto é de quatro meses e o custo está orçado em R$ 1,7 milhão. A empresa responsável pelas obras é a Valor Engenharia. Em seguida, será feito o reforço das estruturas do prédio e por último o fechamento e acabamento do imóvel. O edifício terá subsolo, térreo e mais seis pavimentos e a Secretaria de Obras prevê que até outubro de 2005 a obra esteja terminada, num custo estimado de R$ 12 milhões.

Ahú

Na seqüência do Plano de Revitalização do Centro Cívico está prevista a construção de um novo prédio onde se situava a antiga LBA, hoje ocupado por Varas da Justiça. Além disso, será contratada a atualização do projeto paisagístico concebido por Burle Marx e os espaços ocupados pelas Secretarias nos prédios situados atrás do Palácio Iguaçu serão readequados.

O projeto do Centro Cívico está vinculado à criação do Centro Judiciário do Ahú, que prevê a transferência de todas as unidades da Justiça para a área onde se situa hoje a Prisão Provisória de Curitiba, que será desativada e deverá ser transferida para Piraquara.

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