Coca-cola: compra de Mate Leão não concentra mercado

A Coca-Cola argumentou à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, para defender a sua aquisição da empresa Leão Júnior – dona da Mate Leão -, deter 51,1% do mercado de bebidas não alcoólicas do País. Isso significa que a Coca-cola não estaria concentrando o poder de mercado ao adquirir a Mate Leão. Com a fusão, a Coca-Cola subiria para 51 4% de participação. Os dados são baseados em pareceres da consultoria AC Nielsen do ano de 2006.

Já a Pepsi, dona da marca concorrente Lipton, que deveria ser considerado o mercado de chá pronto para beber e, neste caso, o Mate Leão teria 49%. Somados aos 25% de participação do Nestea (produto da Coca-Cola) ampliaria a presença da multinacional para além de 70%.

Neste ponto da investigação do negócio sobre a concorrência, a SDE está recebendo informações e ouvindo todos os concorrentes para então definir qual será o mercado relevante de impacto da operação. A compra da Mate Leão pela Coca-Cola foi concretizada na semana passada, mas já havia sido registrada nos órgãos de defesa da concorrência brasileiros em fevereiro.

Hoje, em resposta ao requerimento apresentado pela Pepsi, a SDE quebrou a confidencialidade de alguns documentos do processo. Deu acesso, por exemplo, aos pareceres apresentados pelas empresas como argumento para defesa do negócio. A SDE espera agora que a Pepsi apresente alguma manifestação nos próximos dias. A SDE e a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda farão em conjunto a instrução da operação.

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