A Confederação Nacional na Indústria (CNI) começou hoje a desenhar o Mapa Estratégico da Indústria Brasileira, trabalho que vai alinhavar as prioridades da indústria nacional para o período 2007-2015, independentemente das mudanças de governo. O deputado Armando Monteiro Neto, presidente da entidade, explicou que o mapa fará uma prospecção da indústria nacional desde o início de seu desenvolvimento do País, em meados dos anos 1940, destacando o “papel fundamental” do setor no progresso econômico do Brasil. “O mapa mostrará os desafios que temos de enfrentar para consolidar nosso papel de protagonistas do futuro do Brasil”, afirmou.
O plano estratégico está sendo feito em conjunto com as 27 federações estaduais da indústria e 32 associações representativas de setores industriais. Além de um workshop realizado hoje em São Paulo, estão programados mais dois encontros para validar as discussões. A CNI pretende estar com o mapa pronto em dezembro.
Um dos destaques do trabalho, segundo Monteiro Neto, é a utilização da metodologia “Balanced Scorecard”, desenvolvida pela Universidade de Harvard (EUA), como modelo de gestão. Em outras palavras: a aplicação do método vai permitir que a indústria consiga efetivamente colocar em prática a gestão de suas prioridades.
O mapa será formado por indicadores de desempenho, metas de longo prazo e programas estratégicos nas áreas de inovação, infra-estrutura, inserção internacional da economia, modelos de gestão, ambiente institucional e políticas macro e microeconômicas. “São os desafios que temos de enfrentar”, reiterou Monteiro Neto.
O dirigente da CNI afirmou que ações do governo, como o pacote de desoneração lançado na sexta-feira em Belo Horizonte, têm permitido construir um ambiente de maior sustentabilidade no curto prazo. Ainda assim, Monteiro Neto diz que vai continuar a trabalhar com Brasília para ampliar as medidas de desoneração e reduzir a taxa de juros de longo prazo (TJLP), que baliza os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “O mapa pretende justamente aliar esse tipo de ação a uma visão estratégica do que a indústria quer para o futuro”, ressaltou.