CNI espera que Lula anuncie medidas para desonerar investimentos

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, espera que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncie até o final da semana medidas com o objetivo de reduzir a cobrança de impostos nos investimentos. Na sexta-feira, está prevista uma reunião do presidente, os ministros da área econômica e representantes de federações de indústria em Belo Horizonte, segundo informou Monteiro. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto ainda não confirmou a agenda do presidente Lula na capital mineira.

“Nessa reunião nós esperamos que o governo possa anunciar medidas nessa direção. Que o governo confirme esse cronograma de desoneração dos investimentos”, disse Monteiro, que participou hoje da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social sobre a importância da política energética no crescimento econômico do país.

Monteiro disse também que a redução dos impostos vai possibilitar a geração de empregos. “O investimento de hoje é o emprego de amanhã, portanto vai chegar na forma de emprego e renda tributária no futuro”, destacou.

O presidente da CNI informou que o setor industrial está operando com 83% de sua capacidade instalada e que as empresas estão usando a tática de investir recursos próprios para expandir a capacidade de operação.

“Se você olhar o perfil do investimento no Brasil, ele em parte decorre de financiamento, mas em grande medida se dá num processo de auto-geração. As empresas investem e já investem seus próprios lucros. Esse movimento vai ocorrendo naturalmente, à medida que a empresa esgota seu nível de capacidade instalada”, ressaltou. Monteiro afirmou que não acredita em pressões inflacionárias “em decorrência de problema de oferta”.

Ele destacou os efeitos positivos que a lei de incorporação imobiliária irá trazer para o setor, como estímulo aos investimentos e segurança para o dono do imóvel. “Não há dúvida que será importante na reativação do mercado imobiliário. O ideal é que isso tivesse acontecido antes, mas ainda assim, o mercado imobiliário reagiu de forma muito positiva a esse novo ordenamento legal do setor”.

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