Ciro abandona caminhada e vai de táxi a aeroporto

O candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes (PPS), abandonou hoje (26), pela metade, uma caminhada que estava fazendo no calçadão da Rua XV de Novembro, em Curitiba. Sem esperar as pessoas que o acompanhavam, ele desviou o roteiro, enquanto seus assessores paravam um táxi uma quadra acima do calçadão. Com o veículo, seguiu ao Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, para ir a Telêmaco Borba, onde teria um comício com o candidato ao governo, senador Álvaro Dias (PDT). O senador seguiu depois em outro táxi. ?(A caminhada) não estava bem organizada?, justificou Ciro. ?A questão é a seguinte: uma criança num carrinho, uma série de pessoas andando de costas, cinegrafistas, não sei o quê, quase atropelam a criança. Isso não pode.?

A caminhada começou com a queima de fogos de artifício. Cercado por 350 cabos eleitorais com camisetas com fotos de Ciro e Álvaro, eles tomaram o calçadão. Cada um dos cabos eleitorais recebe R$ 15,00 e dois vales-transporte por dia. Com poucos sorrisos, acenando para pessoas nas janelas e andando rapidamente, Ciro foi vencendo a distância, mesmo com gritos para que fosse mais devagar. No trajeto, ele parou poucas vezes para cumprimentar as pessoas. Ao chegar na Rua Muricy, nem mesmo o candidato ao governo percebeu que Ciro havia mudado a trajetória e só conseguiu alcançá-lo na metade da quadra. Candidatos a deputado tentaram convencê-lo e a seus assessores de que deveriam chegar à Boca Maldita, local de maior concentração. Foi em vão.

O candidato esteve em Curitiba para uma exposição a empresários e falou basicamente sobre questões econômicas. Recebido no aeroporto pelo candidato a governo do PDT, ele se encontrou com o candidato de seu partido, Rubens Bueno, no Centro Integrado de Empresários e Trabalhadores (Cietep). ?Vou tentar administrar com respeito, com franqueza, com habilidade essa situação?, disse. Segundo ele, há necessidade de alguns limites nos Estados  quando questionado sobre possível apoio do PMDB paranaense. ?Não vou virar arca de Noé para gerar confusão?, argumentou.

Em coletiva, ele afirmou que é ?terror? querer relacionar a alta do dólar às pesquisas que mostram crescimento de sua candidatura. ?O terror não é bom conselheiro para uma comunidade de 170 milhões de pessoas?, disse. ?O governo, se quer ganhar eleição, tem que mostrar que é melhor para o povo.? Segundo ele, o dólar sobe porque o País precisa de US$ 48 bilhões este ano, mas os investidores estão percebendo que ?o Brasil passou da conta, exagerou na irresponsabilidade patrimonial e fiscal?. ?Há necessidade e a fonte secou, com isso o preço sobe?, simplificou.

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