Chuva atrapalha lançamento do cartão do Fome Zero no Piauí

As fortes chuvas no sul do Piauí obrigaram os governos federal e estadual a montar um esquema especial para garantir o lançamento do cartão-alimentação do Fome Zero na segunda-feira de manhã. Como as estradas de terra da área estão em péssimas condições – Guaribas está praticamente isolada – quatro helicópteros e veículos com tração nas quatro rodas vão levar as autoridades e técnicos à cerimônia.

“Não estava previsto que haveria tanta chuva e a estrada estaria nessa situação”, disse o assessor de imprensa do governo estadual, Álvaro Luís Carneiro. “É paradoxal, os ministros vem ao Piauí ver a situação provocada pela seca e vêem estrada cortada por causa da chuva.”

Está confirmada a presença de 14 autoridades, entre elas o governador Wellington Dias, os ministros José Graziano (Segurança Alimentar), Olívio Dutra (Cidades), Ciro Gomes (Integração Nacional) e Benedita da Silva (Promoção Social) e representantes de FAO, Unesco, Banco Mundial e Pastoral da Criança. Eles vão desembarcar em São Raimundo Nonato, 517 quilômetros ao sul de Teresina, e completar o percurso até Guaribas nos helicópteros.

A equipe de apoio e técnicos enfrentarão o atoleiro em veículos 4×4. A população local tem usado um trator para desatolar carros. Há um trecho de 15 Km intrafegável na PI-144, de São Raimundo Nonato a Guaribas. O governador mandou uma equipe verificar a situação e pode ordenar uma ação de emergência do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

Esquema

A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) cedeu dois dos helicópteros, com capacidade para transportar quatro passageiros cada um. Os outros são das Polícias Integradas do Piauí e da Polícia Militar do Maranhão.

O secretário de Segurança do Piauí, Airton Franco Filho, disse que o uso dos helicópteros e o esquema de segurança que serão montado não vão “atrapalhar em nada a atuação da polícia”. Ele acrescentou que não haverá custo extra com as aeronaves. “Temos uma autonomia de 150 horas de vôo mensal. Pagamos se voarmos ou não. É o contrato de locação”, explicou.

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