Martin Bernetti/AFP
Chile e Suíça travarão na próxima terça-feira, em Port Elizabeth, um duelo decisivo por uma vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo.
As duas seleções chegam ao encontro depois das vitórias em suas partidas de estreia sobre Honduras e Espanha, respectivamente, com destaque para os suíços, que protagonizaram a primeira surpresa da África do Sul-2010 ao derrotar por 1-0 a Fúria, uma das grandes favoritas ao título.
O duelo entre as duas equipes constitui, além disso, um confronto entre dois estilos de jogo diferentes, uma equipe sul-americana que gosta de prender a bola e uma europeia que confia mais no contragolpe e nas jogadas de bola parada.
O Chile é, talvez, a equipe mais perigosa do grupo H, uma chave considerada fácil por muitos.
A equipe chilena treinada pelo argentino Marcelo Bielsa também é a seleção sul-americana que mais expectativas despertou pelo vigor e clareza de seu jogo. Não é à toa que os chilenos se classificaram em segundo lugar na Zona Sul-americana, ficando atrás do pentacampeão Brasil.
Os suíços conseguiram carimbar direto sua passagem para o Mundial-2010 na eliminatória europeia, acabando como líder de seu grupo, na frente da Grécia.
O técnico da Suíça, o alemão Ottmar Hitzfeld, considerou há alguns dias que o Chile é realmente o favorito da chave e deve ocupar o primeiro lugar do grupo H, mas junto com os helvéticos.
Segundo o raciocínio de Hitzfeld, o Chile ocupa o posto 18 do ranking da Fifa, enquanto que sua equipe está a apenas seis posições abaixo.
O Chile não realizará na véspera da partida o treino de reconhecimento de campo por duas razões: o estádio de Port Elizabeth não está em boas condições por causa das chuvas que andaram caindo e, segundo, porque Bielsa não gosta de fazer isso.
A Suíça decidiu, em compensação, treinar no estádio da Universidade Metropolitana de Port Elizabeth.
Apesar de se tratar de um assunto quase esquecido, foi no Mundial do Chile-62, na primeira fase, que a equipe chilena bateu a Suíça por 3-1, um dado que não diz muito hoje em dia, pela evolução do futebol de ambas as equipes, mas que serve como referência.
Naquele Mundial, o Chile, que terminou em terceiro no torneio, foi o segundo na chave e a Suíça o quarto.
Prováveis escalações:
Chile: Claudio Bravo – Gary Medel, Waldo Ponce, Gonzalo Jara, Arturo Vidal, Mauricio Isla – Carlos Carmona, Matías Fernández – Alexis Sánchez, Humberto Suazo, Jean Beausejour. T: Marcelo Bielsa.
Suíça: Diego Benaglio – Stephan Lichtsteiner, Steve von Bergen, Stephane Grichting, Reto Ziegler – Tranquillo Barnetta, Gökhan Inler, Benjamin Huggel, Gelson Fernandes – Eren Derdiyok – Blaise Nkufo. T: Ottmar Hitzfeld.