Chávez suspende desfile militar por ameaça de assassinato

O presidente Hugo Chávez informou hoje que foi detectado um plano para assassiná-lo durante um futuro desfile militar, pelo qual anunciou a suspensão do ato, marcado para comemorar a batalha de Carabobo, que selou a independência da Venezuela.

"Decidi suspender o desfile de 24 de junho…É que foi detectado um plano de magnicídio em torno do Campo de Carabobo", disse Chávez em relação ao local do ato, a cerca de 150 quilômetros ao oeste de Caracas.

O presidente indicou que os corpos de segurança advertiram que testemunhas alertaram sobre a presença de desconhecidos "monitorando" a área, aparentemente "procurando por ângulos de tiro".

O anúncio da suspensão do desfile foi feito ontem à noite a um grupo de cadetes da academia militar, dois dias depois que o ministro da Defesa, general Jorge García Carneiro, informou que o alto comando recomendou a Chávez para "não se expor tanto em público".

Desde o início de seu mandato, em 1999, o presidente venezuelano vem denunciando vários planos de magnicídio. Chávez acusou recentemente o governo americano de promover um complô para matá-lo. O Departamento de Estado rechaçou a alegação.

O chefe de Estado comentou que os organismos de inteligência têm "evidências fortes e muito sérias de que há grupos de golpista, alguns estão no exterior, nos Estados Unidos, viajam por Bogotá e pelas ilhas do Caribe" com a intenção de preparar um assassinato.

Marinha

A Marinha venezuelana realizou com êxito a primeira simulação de guerra com a participação de reservistas e militares ativos, informou hoje o comandante geral da instituição, vice-almirante Armando Laguna Laguna.

O exercício faz parte da operação cívico-militar "Marinha Soberana", realizada durante 30 dias em um povoado rural do leste da Venezuela.

Este é o primeiro exercício que inclui a participação de reservistas depois que Chávez anunciou a intenção de seu governo de aumentar a 2 milhões o número de reservistas, como parte de sua "revolução na área militar".

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