O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, proibiu por decreto a venda de bebidas alcoólicas na quinta e sexta-feira Santa e no domingo de Páscoa. Além disso, ele restringiu a venda das bebidas, inclusive em bares e restaurantes, apenas aos dias permitidos de 30 de março a 9 de abril entre as 10 horas e as 17 horas. O decreto motivou uma corrida de homens e mulheres na tarde de ontem para comprar vinho, cerveja ou uísque, entre outras bebidas alcoólicas em Caracas, capital do país.

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José Manuel Fernandes, proprietário de um estabelecimento de bebidas, não dava conta de atender seus clientes. "As pessoas pareciam desesperadas, sobretudo porque a maioria soube de última hora e acreditava que a partir de hoje (sexta à tarde) já não se podia vender mais nada", disse Fernandes à Associated Press.

A medida, que busca reduzir a criminalidade e os acidentes de trânsito durante a Páscoa, é uma novidade no país sul-americano, que figura entre os maiores consumidores de bebidas alcoólicas do continente.

Nos feriados, especialmente no Carnaval e Semana Santa, são registradas centenas de mortes e milhares de feridos em acidentes de trânsito. As autoridades citam o consumo de álcool como uma das principais causas. A Venezuela é o terceiro maior produtor de cerveja da América Latina e tem o maior consumo per capita do continente, entre 75 e 80 litros por ano, segundo dados do setor.

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