Chávez ordena isolamento do palácio do governo

Temendo eventuais atos de violência relacionados à acirrada eleição deste domingo (03), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou o isolamento do palácio presidencial de Miraflores. As ruas que circundam o edifício oficial, no centro de Caracas, foram bloqueadas com barricadas e rolos de arame farpado e são guardadas por dezenas de soldados e unidades antimotim.

Em respeito à legislação eleitoral, expressões de respaldo tanto à Chávez, quanto ao opositor, Manuel Rosales, estão proibidas desde a sexta-feira. Ainda assim, os comandos eleitorais de ambos os candidatos temem que acontecimentos violentos marquem a votação deste domingo.

O reforço, que incluiu a utilização de vários metros de arame farpado na rua em frente ao Miraflores, aconteceu logo depois de uma reunião entre o presidente e os chefes das missões de observadores da Organização dos Estados Americanos e da União Européia.

Até o momento, nenhum grande incidente violento ou distúrbio foi registrado.

Pela lei venezuelana, as Forças Armadas serão responsáveis pela segurança do país durante a jornada eleitoral de domingo. Cerca de 129 mil homens estão em prontidão.

O clima de tensão antecede a eleição mais observada da história venezuelana. No pleito, estará em jogo o futuro político de um dos líderes mais polêmicos da América Latina.

Chávez concorrerá à reeleição neste domingo com seu poder ampliado pelos altos preços do petróleo no mercado internacional e depois de um ano em que consolidou sua postura como líder anti-EUA na região e no mundo.

Em 2006, o presidente venezuelano foi ao Irã para se reunir com o presidente Mahmoud Ahmadinejad, acusado pelos Estados Unidos de ter planos de fabricar uma bomba nuclear; estabeleceu acordos de cooperação militar com a Rússia e chamou o presidente George W. Bush de "diabo" durante a Assembléia Geral da ONU.

Caso vença – o que é muito provável, segundo as últimas pesquisas de intenção de voto – o presidente já prometeu convocar um referendo para permitir reeleição infinita no país e sinalizou que poderia revogar as concessões das emissoras de televisão privadas que fizerem campanha contra seu governo. As informações são de agências internacionais.

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