Certo de 2.º turno, Alckmin diz que campanha “esquenta”

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, afirmou hoje que sua campanha "está esquentando" e se mostrou convicto num segundo turno. Em visita pela manhã à cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, o presidenciável voltou a atacar o PT e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disputa a reeleição.

Alckmin deixou claro também que, na reta final da campanha, tentará aproveitar ao máximo a popularidade do governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) no segundo maior colégio eleitoral do País. Ele confirmou que Aécio já gravou participação no seu programa eleitoral, que deverá ir ao ar "nos próximos dias". A intenção, conforme o candidato, é mostrar o "time" tucano. Segundo Alckmin, com as companhias de Lula – como Newton Cardoso, Jader Barbalho e Ney Suassuna -, o projeto do candidato à reeleição "não pode dar certo".

Alckmin fez uma comparação entre as gestões de Aécio e do presidente da República. "O Aécio vai ser reeleito. Você tem um governo exemplar sob o ponto de vista ético. Tem um governo que funciona e crescimento econômico", disse. "Agora, na área federal, o governo é um descalabro ético, um governo que não funciona e ainda não cresce", complementou.

Os candidato tucanos desembarcaram por volta das 10h30 no aeroporto da cidade e seguiram em carreata até a região central, onde fizeram corpo-a-corpo e visitaram o mercado municipal. A caminhada foi tumultuada e contou com a participação entusiasmada de populares e cabos eleitorais.

Depois, Aécio e Alckmin se encontraram com lideranças políticas da região num clube da cidade. Alckmin comemorou "a receptividade". "A campanha está esquentando. Nós estamos aqui em Teófilo Otoni, que é uma cidade governada pelo PT, a prefeita é do PT (Maria José Haueisen), numa região em que o PT é teoricamente mais forte e a receptividade é essa. Eu vejo que há um movimento de crescimento", disse.

O presidenciável tucano observou que não considera a reeleição de Lula "fácil", pois o pleito "não é amanhã". "Indo para o segundo turno, acho que o Lula terá grandes dificuldades de se reeleger. Não está fácil, não.

Alckmin lançou, na visita a Teófilo Otoni, seu programa para as micro, pequenas e médias empresas. E prometeu incluir a região do Vale do Mucuri no que chamou de "nova Sudene", que pretende implementar se for eleito.

Denúncia

Alckmin voltou a comentar hoje a denúncia publicada no final de semana na revista Veja, de que o Tribunal de Contas da União (TCU) apura o envolvimento direto do PT na distribuição de propaganda do governo. Ele classificou como uma "promiscuidade" a relação entre o partido e o governo federal, e disse que o País vive uma "petização" – referindo-se a um suposto aparelhamento do Estado. "O problema dos milhões que sumiram da Secretaria de Comunicação (Secom), (e) que a justificativa é que o material todo foi para o diretório do PT. É uma promiscuidade (entre) governo e partido. Isso é um mau exemplo para a política brasileira, leva à corrupção.

Voltar ao topo